The Twilight Saga: New Moon, 130 minutos, 2009. Romance.
----------------------------------------------------------------------------
Lua Nova é baseado no livro homônimo e continuação de um dos maiores sucessos da atualidade: Crepúsculo (tanto na literatura, quanto no cinema e em todos os produtos que vendem a imagem dos protagonistas do filme ou qualquer idéia relacionada à saga). Lua Nova já era, desde o ano passado, um dos filmes mais esperados desse ano e teve uma ajuda, que foi a grande bilheteria de seu antecessor, o que tornou possível a produção de um filme milhões de vezes melhor que o primeiro e as notícias que há sobre a bilheteria, já apontam à segunda parte da estória como bem sucedida também.
O filme tem cara de filme de verdade (o que não acontecia com Crepúsculo, com sua imagem que aparentava a de filmes caseiros), mas ainda sim sofre com alguns aspectos. Vamos aos pontos positivos. A fotografia está muito boa com um toque dourado que dá a sensação de quente, sensação que parece ter ligação com a temperatura dos novos monstros que integram a série (repare que Crepúsculo tem uma fotografia azulada, sendo a cor azul, uma cor fria). Há também a maquiagem que ficou mais real com enfoque especial para os olhos dos vampiros. Os efeitos especiais, indispensáveis a essa parte da estória, também foram decentes embora nada de extraordinário. Há cenas que esses efeitos foram bem usados e tenho que citar a que Edward toma uma surra de Félix, um dos Volturi. A cena contem uma ação que inexistia até então, conquistando não só as garotinhas-que-amam-o-Edward-Cullen, mas qualquer um que goste de filmes em geral. Pessoalmente o melhor do filme foi a adaptação. Os primeiros minutos são idênticos ao livro e, de modo geral, o diretor Chris Weitz (e claro, a roteirista) conseguiu juntar tudo que há no livro de uma forma realmente boa.
No entanto, o maior problema de Lua Nova são as atuações. O lado masculino do triangulo amoroso é composto por Robert Pattinson que consegue dar o mínimo de vida (sem trocadilho) ao seu personagem que mesmo aparecendo pouco, de forma geral, se torna carismático; e Taylor Lautner como o bombado Jacob também faz relativamente bem seu papel, embora suas aparições pareçam uma campanha pró aos anabolizantes. Pois é, enquanto os dois se esforçam, há Kristen Stewart que parece ser incapaz de fechar a boca. Sua atuação é tão triste que é daquele tipo que faz o publico sentir vergonha alheia. Sua interpretação é a mesma quando está feliz, quando está triste, quando está longe ou perto de seu amado e assim por diante. No geral, até Ashley Greene que interpreta Alice Cullen se sai melhor do que a protagonista Bella.
Pondo tudo na balança, Lua Nova é certamente um filme que vale a pena ser visto, principalmente quando comparado com Crepúsculo (que de melhor só tem a trilha sonora).
Renan
__________________________________
Não sei exatamente o que o Renan viu de tão interesante em Lua Nova, mas, para mim, esse filme continua tão tosco quanto o que o antecedeu, mesmo que haja neles qualidades que no outro não existia. Decerto, podemos atribuir ao orçamento mais largo a melhoria do aspecto técnico do filme que sucedeu o primeiro - Crepúsculo. Infelizmente, nem tudo é "efeito especial", logo a quantia mais generosa de verba não faz com que esse filme funcione muito bem.
O grande problema não está na câmera utilizada para filme. O defeito se concentra basicamente na direção do filme. Parece que nem Catherine Hardwicke nem Chris Weitz foram capazes de compreender certos detalhes a respeito da história. Por exemplo, ambos compreendem que a personagem Bella é uma múmia - assim fazem-na ficar sem expressão e estática durante o filme todo. Weitz repetiu o mesmo erro que Hardwicke cometeu: exigiu pouco dos atores. Dessa maneira, tanto direção quanto atuação funciona no módulo automático, sem esforços, sem densidade e, consequentemente, sem um resultado que seja positivo. Com ressalvas, penso que o problema da atuação se deve àquilo que não é exigido dos atores - a exceção fica por conta de Robert Pattison, que é ruim mesmo e ainda atrapalha os outros. Algo de que não gostei foi a tentativa de inserir Pattison em todo momento da trama. Ainda que a Bella do livro seja dengosa em relação à paixonite crônica que sente por Edward, não há tantos momentos em que ela fica enxergando o vulto do vampiro. Kristen Stewart tem uma sutil melhora na sua capacidade de atuação quando se encontra atuando com
Devo admitir que a adaptação do livro realmente foi boa. Poderiam ter feito omissões inadequadas a respeito de passagens importantes da obra literária ou poderia acrescentar acontecimentos não presentes no livro, no entanto, optaram por apenas transcrever das páginas para as telas com o mínimo de mudanças possível. A trilha sonora continua eficiente, tal como no primeiro filme. Uma fato me chamou bastante a atenção: muitos leitores reclamaram de que certos atores não eram boas escolhas para as personagens que interpretam, como é o casod e Dakota Fanning. Contudo, a participação dos personagens coadjuvantes é brevíssimas... Fannig, por exemplo, não deve ter mais do que dois minutos em cena. Alguns talvez achem que eu exagero ao reclamar da direção, mas basta ver uma das primeiras cenas para compreender a incapacidade do diretor de observar erros. Bella encontra-se diante de um espelho, que lhe mostra refletida anos mais velha. A expressão das duas atrizes, porém, é completamente diferente, ficando claro que o espelho não somente mostra a evolução no tempo como também dá personalidade ao reflexo... uma cena bem infame.
Honestamente, não acho que Lua Nova seja um filme bom. Acho que poderia considerá-lo entre irregular e mediano - chamá-lo assim, no entanto, é enxergá-lo com muita generosidade. Comparado a Crepúsculo, é apenas melhor nos aspectos técnicos, mas o entretenimento é o mesmo, o que prova que o diferencial não é a quantia liberada para efeitos especiais. Aproveito também para comentar que os lobos criados digitalmente têm maior expressividade facial do que os atores... a tecnologia é mesmo impressionante. Acho que a solução para o problema seria chamar outro diretor, que dê um up na história e que a tire desse marasmo morrinhento. Tarantino ou Spielberg, talvez...
Luís