21 de abr. de 2010

Um Amor Verdadeiro

One True Thing. EUA, 1998, 127 minutos. Drama.
Indicado ao Academy Award na categoria Melhor Atriz (Meryl Streep).
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Eu vi esse filme para apresentá-lo no blog Um Oscar por Mês, já que ele havia concorrido no ano sobre o qual escolhemos falar. Honestamente, nem sabia que existia, porque não é um filme de grande destaque no cirucuito cinematográfico - como pode, aliás, um filme com um título bobo como esse ter qualquer tipo de destaque? Enfim, eu o conferi e agora falarei sobre essa obra.

Percebe-se que o seu objetivo de fato é colocar o espectador a par dos acontecimentos que giram em torno da família Gulden. Kate é uma mãe dedicada, mas aos poucos começa a sofrer por causa do câncer. Por causa disso, Ellen - a filha de Kate -, jornalista cuja vida se foca apenas no trabalho, é chamada pelo pai para ajudar a mãe enquanto ela se recupera. Tendo pouco em comum com a mãe, Ellen e Kate passam por um período intenso de aproximação, descobrindo segredos e revelando suas personalidades uma para a outra.

Só pelo resumo já dá pra perceber que esse pode ser o típico filme dramático que a Academia gosta: uma atriz veterana interpretando uma coitada. Ou seja, muitas lágrimas! E isso que esse filme tenta fazer mesmo - o espectador parece ser conduzido o tempo todo para um ataque de choro, mas, no meu caso, isso ficou bem longe de acontecer. O roteiro não se ocupa realmente em explorar os personagens, tornando-os meio rasos e repetitivos. A aproximação entre Ellen e Kate deveria ser o ápice do filme, mas isso chega a um nível mediano, sem ser tão intenso quanto deveria ser. E como se isso não bastasse, há ainda o fato de que há elementos alheios à história das duas, como o fato de Ellen descobrir que o pai mantém um relacionamento extra-conjugal. Num roteiro bem escrito, esse fator complicador seria motivo para intensificar o drama; aqui não serve pra nada.

As atuações não são realmente significantes. Mesmo que Meryl Streep tenha sido indicada ao Oscar, isso decerto nada tem a ver com o seu desempenho em cena, uma vez que a sua atuação é bastante mediana, sem nenhum grande destaque. Ela foi indicada provavelmente pelo apreço que os membros da Academia têm por ela e eu realmente não acho que ela seja lead actress nessa obra. Não sei se é o personagem de William Hurt ou se é a atuação do ator - algo não me agradou a respeito dele. Apareceu pouco e mostra pouco, sendo provavelmente o menos intenso dos três atores de destaque. Reneé Zellwegger conseguiu me impressionar: acho que eu nunca tinha visto um filme no qual ela aparenta estar tão sóbria. Outras de suas personagens eram tão cheias de frescuras e todas com trejeitos notáveis que ao vê-la como Ellen percebi que ela também pode interpretar personagens normais. E que fica bem assim! Assim como os outros, ela está mediana.

Não sei se esse é um bom filme para se recomendar a quem goste de drama, porque é uma obra um pouco rasa, que não exploira tudo o que poderia explorar. Como se não bastasse a imesna sensação de superficiliade que o filme deixa transparecer, ele ainda é comprido demais - mais de duas horas de filme para não mostrar nada novo, nada realmente atrativo. Não quero dizer com isso que o filme seja ruim, afinal ele não é. Porém, está bem longe de ser aquilo que esperei que fosse.

Luís
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1 opiniões:

Matheus Pannebecker disse...

Eu gosto do filme. Tá certo que é aquele velho formato que todo mundo conhece, mas eu acho que funciona muito bem!